quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um mero Detalhe

Na beira da praia
Derramei minha lagrimas
No vasto oceano
Que me cerca

Elas caíram
E nada aconteceu

Simplesmente
Misturaram-se
Com a salgada
Água do oceano

Olhei para o horizonte
E nada aconteceu

O oceano continuava
Sua rotina frenética

Onda vai
Onda vem
Onda morre
Onda nasce
Onda quebra
Onda constrói
Onda leva
Onda trás

 Derramei
Novamente
Minhas lagrimas
No vasto oceano

E de novo
Nada aconteceu

Nem uma onda
Criou-se
Por causa delas

Olhei novamente
Para o horizonte
E o vasto oceano
Continua
Com sua rotina frenética...



Ermanno Noboru Medeiros

O vendedor de Rosas

Olha,
O vendedor de Rosas

Que ser pobre
Que ser simples
Que ser humilde

Quem diria
Mas esse ser
Tão insignificante
É muito importante

Você sabia
Que um dia
O vendedor de Rosas
Vendeu uma rosa
Que parou uma guerra?

Você sabia
Que um dia
O vendedor de Rosas
Vendeu uma rosa
Que construiu uma grande família?

Você sabia
Que um dia
O vendedor de Rosas
Vendeu uma rosa
Que foi a cura de uma doença?

Você sabia
Que um dia
O vendedor de Rosas
Vendeu uma rosa
Que consolou uma vida que ficou?

Olha,
O vendedor de Rosas

Um herói
Vestindo trapo

Um revolucionário
Silencioso

Um grande homem
Com jeito de pequeno

Esse é
O vendedor de Rosas







Ermanno Noboru Medeiros