quinta-feira, 26 de abril de 2012

Utopia


Fecho os olhos
E imagino
Uma utopia
Onde você sorria

Fechos os olhos
E vejo um mundo
Bem diferente
Do que estamos acostumados

Tenho medo de abrir meus olhos
E ver um mundo bem diferente
Que a minha imaginação
Criou
Tenho medo
Que meus monstros
Se materializem
E me perturbem
Com o pesadelo de um mundo destruído

Fecho os olhos
E imagino
Uma utopia
Onde a diferença
Não sentido
E a inimizade
É tão vazio
E as guerras
Já perderam sua graça

Fecho os olhos
E imagino
Uma utopia
Onde você
Enxerga com o coração

Tenho medo de abrir meus olhos
E ver um mundo bem diferente
Que a minha imaginação
Criou
Tenho medo
Que meus monstros
Se materializem
E me perturbem
Com o pesadelo de um mundo destruído

Não aguento mais
Ver você chorar
Em um mundo
Tão imperfeito

Não aguento mais
Ouvir falar
Que todos
Já estão mortos

Não aguento mais
Tem que aguentar
O fato
Que todos são infelizes

Fechos os olhos
E vejo
Uma utopia
Onde todos cantavam
Canções de amor
Canções de alegria

Fecho os olhos
E imagino
Uma utopia
Onde todos
Vivem felizes com seus dias

Tenho medo de abrir meus olhos
E ver um mundo bem diferente
Que a minha imaginação
Criou
Tenho medo
Que meus monstros
Se materializem
E me perturbem
Com o pesadelo de um mundo destruído

Fecho os olhos
E imagino
Uma utopia
Onde você sorria





Ermanno Noboru Medeiros

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Quebra-Cabeça Global


Quando olho para o mundo, começo a pensar o que leva uma pessoa a rejeitar a outra, como exemplo são gangues com ideologias racistas, considerando-se como uma raça superior e que as demais não deveriam estar vivas.
Mas o que mais me intriga, qual é a vantagem de ter uma sociedade homogênea, isso é uma ideia um pouco estranha a qual nunca consegui compreender. Talvez o que faz a raça humana diferente dos animais são a vasta gama de pensamentos e opiniões.
Um grupo de animais vive por instinto e seguem uma linha imposta pela natureza, mas nos humanos podemos decidir o que queremos e o que vamos fazer, pois somos a única espécie capaz de refletir sobre os nossos atos.
A partir do momento que cometemos uma atitude de preconceito, igualamos a um animal, pois agimos por instinto tentando encontra quem seja parecido com o nosso meio exterior, isso mostra um estado de regresso comportamental.
Talvez seja esse o motivo pelo qual vivemos vários conflitos éticos. Muitos governantes mostram-se evoluídos por possuírem armas avançadas, mas isso só é prova de um regresso citado no parágrafo anterior.
Julgamos os defeitos dos outros, pois possuímos virtudes avançadas, mas esquecemos de que somos seres humanos. Como disse um pensador: “Seres humanos são seres variantes.”. Assim como outros possuem defeitos, nos também possuímos defeitos em outras áreas, e assim como possuímos virtudes, as outras raças também possuem virtudes em outras áreas.
Deste o primórdio da historia, a raça humana sempre procurou conviver em grupos, pois assim seria mais fácil a sobrevivência. Não é o fato que temos uma quantidade imensa de tecnologia que vai justificar um isolamento comportamental.
Quando olho para o mundo, vejo um imenso quebra-cabeça, pois em um quebra-cabeça há várias peças, de várias formas e varias encaixe. Sendo que há peças que possuem buracos que danificam sua imagem, mas há uma peça responsável para suprir esse defeito.
As guerras e os conflitos só vão acabar a partir do momento em que, entendemos o motivo pelo qual há uma grande variedade de ser, pois um suprirá o defeito que o outro tem, assim como em um quebra-cabeça, pois separados são apenas peças, mas unidas formam um belo quadro.





Ermanno Noboru Medeiros

terça-feira, 24 de abril de 2012

O maior Dom da Humanidade


Palavras
Sim, elas são o maior dom
Que a humanidade recebeu

Palavras
Em bocas erradas
São armas
Em bocas certas
São virtudes

Visto que,
Com uma palavra
Um general fez
Com que seu exército
Massacrasse um povo

Com uma palavra
Um homem
Mudou sua geração

Com uma palavra
Um garoto
Parou uma guerra

Com uma palavra
Uma mulher
Fez um ladrão se arrepender

Palavras
Feriram mais que armas
Palavras
Edificaram mais que tijolos
Palavras
Trouxeram ruínas
Palavras
Fizeram um mundo mais lindo

Palavras
Elas que são
O verdadeiro dom
Da humanidade

Um dom corrompido
Ao longo dos tempos

Quantos homens
Utilizaram as palavras
Como cordas de manipulação
Manipulando todos como marionetes

Quantos homens
Utilizaram as palavras
Como escudo
Visando a proteção da sua imagem

Quantos homens
Utilizaram as palavras
Como armas
Colocando todos em desgosto

Mas há aqueles
Que utilizam as palavras
Como meio
De mudar uma historia

Há aqueles
Que utilizam as palavras
Para salvar
Aqueles que não têm esperança

Palavras
São elas
Que mudaram o mundo
Palavras
São elas
Que mudaram a historias
Palavras
Palavras
Palavras





Ermanno Noboru Medeiros

O ser de outro mundo


Por que me sinto tão estranho?
Por que sinto que não sou igual?

Eu olho para os lados
E vejo
A agonia
Nos pequenos olhos
De crianças inocentes
Que não sabem o que acontece
Ao seu redor

Vejo pessoas
Usados outras pessoas
Como uma fonte
Inesgotável de prazer

As pessoas
São usadas
Como objetos
Para alcançar objetivos
De ambiciosos
Ladrões de almas

Quando olho
Para o papel
Eu vejo
Pessoas tratadas como números
E números tratados como pessoas

Mas afinal
Por que isso?
Por que usar as pessoas?
Qual o prazer
Em se ver
As lagrimas do outro?

Pessoas não são números,
E números não são pessoas,
Pessoas são pessoas
E pessoas possuem sentimentos

Cada pessoa
Tem dentro de si
Uma caixa
Que contêm
Uma infinidade de sentimentos,
Pensamentos
E emoções

Por que tratamos
Uns aos outros
Como mera ferramenta
De um prazer sem respeito?

Por quê?
Afinal, por quê?

Me sinto tão estranho
Sinto que não sou daqui
Olha para todos
E tento ajudar
Mas todos me condenam
Falando que sou louco
Por amar a todos

Olho para o céu
Tentando encontrar
A minha verdadeira
Casa
Quero voltar pra lá
Mas não sei como ir

Eu tento encontrar
Uma resposta
Que explique
Porque estou aqui

Só queria
Apenas ajudar
As pessoas
Feridas
E tentar entender
Porque o mundo
Sempre foi assim

Me sinto estranho
Por ser tão diferente
Do demais
Só porque
Um dia acreditar
Que pessoas não são números
E números não são pessoas





Ermanno Noboru Medeiros

A última fantasia de uma Criança na Guerra


Fecho meu olhos
Tentando encontrar
Um lugar
Melhor para se morar
Um lugar
Onde a guerra não possa me matar

Fecho os olhos
Tentando imaginar
Um lugar sem dor
Um lugar que haja amor

Um lugar
Onde em vez de dois túmulos
Eu possa ter
Um pai e uma mãe

Onde eu não corra
Com medo da morte
Mas que eu corra
Em direção a minha família

Um lugar onde
Vou chorar
De tanto rir
E não chorar
De dor
Daqueles que perdi

Tento imaginar
Um lugar
Onde em vez de
Chuva de bombas atômicas
Ou chuva de acido
Possa haver
Uma chuva doce
Que faça nossas plantas crescer

Quero viver
Em lugar
Que a terra seja verde
Por causa da grama que cresce
Sem se machucar,
Não quero viver
Em uma terra vermelha
Manchada de sangue
Daqueles que não sabem
O que se passa

Vivo em um mundo de fantasia
Vivendo uma imaginação
De um mundo utópico
Criado por minhas dores
E minha vontade de viver

Quero viver em um mundo
Diferente do nosso
Onde esse sangue que sai
Das minhas feridas
Seja suor
De tanto brincar com outras crianças

E que esse sono que tenho
Não seja um sono de morte
Mas que seja um sono de descanso
O qual eu possa acordar
No outro dia
E continuar com o fluxo da vida
Sem armas que impeça
A nossa paz
A nossa felicidade
A nossa alegria






Ermanno Noboru Medeiros