quarta-feira, 25 de maio de 2011

Veneno, doce e saboroso veneno ácido


Quando éramos pequenos
Não sabíamos sobre isso

Nossos pais que ensinaram
A buscar esse doce veneno

Depois que você experimenta
Você quer mais

Você era um anjo
Depois de provar
Você se tornou em um demônio

Todos falam
A sociedade que corrompe o homem
Os pais que corrompe o homem

Mas na verdade

É o poder
Que corrompe as mãos
Do homem

É o poder
Que corrompe o coração
Da humanidade

É tão bom ver os outros
Se queimarem com ácido sulfúrico

Mas quando ele escorre
E cai em suas mãos
Ele queima até a morte

Você era tão feliz
Em sua casa de sapé
Hoje você vive
Um inferno dentro do seu palácio

Viciados deste criança
Corremos como loucos
Para alcançar
Esse estranho veneno

Pois,

É o poder
Que corrompe as mãos
Do homem

É o poder
Que corrompe o coração
Da humanidade



Ermanno Noboru Medeiros



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Gigantes Ignorantes


Por todos os lados
Vejo gigantes
Que se levantam em fúria

Gigantes cegos
Pelo seu próprio ódio
Lutam sem para
Por um motivo fútil

Somos formigas
Que correm desesperadas
Para fugir desse caos

Parem,
Por favor, parem
E ousam
O choro da criança
Que grita desesperadamente
Para ver seu pai
Chegar em casa
Sem estar ferido

Somos meros detalhes
Diante de seu tamanho

Somos pequenos
Contra esses gigantes

Gigantes que estão cegos
Pela sua ignorância
E pelo seu ódio







Ermanno Noboru Medeiros

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Céu Nublado


Você já se sentiu fraco?
Sem força para andar?
Sem fôlego para respirar?
Sem animo para viver?

Há dias que não conseguimos voar
Há dias que não conseguimos lutar
Há dias que não conseguimos vencer

Abrimos nossas asas
Levantamos
Mas caímos
Porque não agüentamos esse fardo

Eles tentam nos derrubar
Seja forte
Levante e tente de novo

Você já sentiu que o dia iria ser ruim?
Que o dia iria chover?
Que talvez o sol não fosse aparecer?

São os dias nublados
São os dias de dor
São os dias de angustia

Não abaixe sua cabeça
Não desista
Não abra mão de seus sonhos

Lute
Pois esses dias
São passageiros

Eles irão passar
Eles serão apenas lembranças

Esses dias servem
Para nos ensinar
A nunca abrir mão de nossas vidas

Ermanno Noboru Medeiros

sábado, 14 de maio de 2011

Acomodados


Sentados
Vendo mais um dia acabar

Até quando?

Parados
Vendo mais uma vida morrer

Até quando?

Acomodados
Deixando as coisas acontecerem

Até quando?

Até quando
Vamos viver assim?

Até quando
Vamos ter que aceitar isso?

Até quando
Vamos continuar dormindo?

Acomodados com a situação
Sem ter força de vontade
Para lutar
Ou viver

Quantas vidas
Precisaram morrer
Para podermos entender
Que não podemos deixar acontecer?

Até quando
Vamos viver assim?

Até quando?



Ermanno Noboru Medeiros

Baile de Mascaras


Quem eu sou?
Quem é você?
Quem nos somos?

Tantas mascaras
Lindas
Feitas
A partir da mentira

Você acredita
Que está livre
Mas,
Você está cada vez mais preso
Nessa ideologia

Escondendo
Atrás da sua gloria
Com medo
De enfrentar a realidade

Lobos
Que parecem carneiro
Demônios
Fantasiados de anjo
Trevas
Escondidas atrás da luz

Quem é você?
Quem é você atrás dessa mascara?
Quem é você debaixo dessa mentira?
Quem você é realmente?

Arranque sua mascara
E veja
O mundo
Em que vivemos





Ermanno Noboru Medeiros