segunda-feira, 27 de abril de 2015

O fim da guerra



Toda guerra exige
Toda luta cobra
Cada gota do nosso suor
Cada força no músculo

Avanços no campo de batalha
Em nossos peitos bate o coração acelerado
A adrenalina se aflora em nossa pele
E o desejo de vencer é maior que tudo

Lutas que duram horas
Guerras que duram anos
Enquanto há o grito dos golpes
O espírito vivo queima sem fraquejar

Não importa o peso da espada
Não importa o peso dos golpes recebidos
Quando o sangue está acelerado e fervendo
Não sentimos nada

Pelo contrario
Sentimos que podemos carregar mais
Sentimos que conseguimos suportar
Pois a adrenalina fortifica e anestesia

Mas tudo o que um dia começo
Um dia encontrará seu fim
Há lute que dure uma eternidade
Não há corpo que suporte

Quando finalmente a guerra cessa
Computamos os resultados
Temos em nossas mãos o despojo da vitoria
E em nossos corpos o cansaço

Aos poucos o sangue volta na sua velocidade normal
Lentamente ele vai se esfriando
E o que era força e animo
Vai se transformando em fatiga e sono

O caminho que nos levou até a luta
É o caminho que nos leva até nossas moradas
Onde após um longo tempo
Iremos curar as feridas abertas

Se mesmo depois de tantos avisos do corpo
Mesmo depois de todas limitações
Se continuarmos levando esse peso conosco
Se continuarmos lutando como insensatos

A própria natureza se encarrega de livras das angustias
Com os seus braços coloca em berços frios
Mergulhados em um sono profundo
Somos desligado de qualquer luta ou peleja

E quem diria...
Até mesmo os heróis devem reaver seus ânimos após a guerra!



Ermanno Noboru Medeiros