sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Uma Breve Análise sobre a Existência Humana



Sábio foi René Descartes
Ao dizer tais palavras:
“Penso, logo existo!”

Mesmo vivendo em uma época diferente
Talvez no fundo ele profetizou
O que o ser humano veio a se tornar hoje

Vivemos em um mundo onde há 7 bilhões de pessoas
Pensar deixou de ser algo estético
Agora o pensar é algo necessário para nossa existência

Se você não pensa
A sua existência se torna insignificante
Então você começa a se mesclar com todos
Dissolvendo como sal na água
Nesse estado você é mais alguém no meio de vários

Só sobressaem aqueles que são forte em pensamentos
Que apresentam características diferentes ao demais
Pois hoje é muito fácil mesclar com todos
Porem é difícil se sobressair

Bombardeados todos os dias pela mídia
Sentimos a fatal necessidade de imitar os outros
Abandonamos nossos ideais e agimos imprudentemente
Para saciar a necessidade de interação com o meio
Sobrando assim para aqueles que são excluídos desse sistema a governar sobre todos
Pois visto que eles não tinham mais nada a abraçar
Condicionados a evolução para substituir essa carência

A falta de pensamento e o fim da existência racional das massas
Foi um benefício para seus lideres e governantes
Pois seria difícil controlar um grupo onde cada um possui seu pensamento
Criando assim um caos no meio social
Levando a uma verdadeira guerra sem armas

Mas mesmo não possuindo uma ideia concreta ou um pensamento lógico
O ser humano necessita disso para viver
Pois a vida é semelhante á um carro
Pois o carro necessita de um motorista que o guie
E a vida precisa de uma ideia que o conduza
As ideias são geradas no ato de pensar
E caso esse ser não pense
Será injetada uma ideia provinda do meio exterior
Pois não haverá possibilidade desse organismo viver ser uma ideia

Através da ideia
Podemos traçar uma linha lógica de como será nossas vidas
Planejar como será o nosso tempo e o que faremos
Não precisamos desejar feitos heroicos
Apenas algo que faça valer a pena a nossa existência

Não precisamos formular ideias complexas
Podemos deixar que outras ideias sejam injetadas em nós
Mas temos que ter o conhecimento para distinguir quais ideias serão boas para nós
Organizar o que realmente beneficiará o nosso crescimento intelectual

Escolher uma boa ideia como base da nossa existência
É o primeiro passo para o ser humano existir
A partir do momento que abrimos mão de nossas ideias
A nossa existência passar a ser insignificante
E somos dissolvido no meio de 7 bilhões de pessoas
Seremos apenas mais um





Ermanno Noboru Medeiros

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sentimento Nostálgico de uma Pseudo Liberdade



(Poesia criada em minha mente em um momento brincando com os meus sobrinhos)

Todo tempo
O mesmo medo
A pressão é maior
Comparada a que tinha antes
Sem me preocupar
Com o que ainda há de vir

Era livre como um pássaro a rasgar esse imenso céu
Voando cada vez mais alto sem me preocupar com o chão

Mas o tempo foi passando
E meu corpo foi crescendo
Já não tinha mais a leveza
E minha consciência cada vez mais obesa

Tranquei-me o meu espírito alado
Dentro de uma agenda sobrecarregada
Mofando minha alegria em um canto escuro e abandonado
Deixando falecer minha inocência
Secando minhas lagrimas de esperança

O desespero invadiu meu consciente
O medo do não sei o que
Um instável futuro pela frente
Sem saber do que

Tenho medo
Muito medo
Mas medo do que?
Afinal, do que?

Amargurei o meu espírito
E o arrependimento é enorme
Mas o que eu estou vendo agora é o mundo real
Pois no fundo eu vivia em mergulhado em uma fantasia

Quando meus olhos céticos não conseguia mais ver a inocência
Ouvi uma voz baixinha e fina que me chama
Olhei pra ver o que era
Ali estava um pequeno ser que me encarava com um sorriso
Com seus pequenos olhos esperançosos questionavam a mina amargura
E com um simples gesto, me chamou para brincar em um parque imaginário
E com um simples movimento suave começou a voar no meio de seus sonhos

E minha mente regrada só questionava
Como pode ser tão livre e vivo?
Pobre pequenino, mal sabe que um dia tudo irá acabar!
Mas mesmo assim ele continuava a lutar com sua inocência

No começo foi estranho
Estava um pouco atrofiado
Sentia um pouco de vergonha dos pensamentos
Mas fui soltando-me aos poucos

Naquele breve momento senti livre
Não sentia mais as corretes que prendiam o meu espírito
O medo foi sumindo aos poucos
O vento colidindo com minha face
Podia sentir meu coração fantasiar novamente

Aquela sensação
Aquele sentimento
Aquele momento nostálgico
Tudo vinha em minha mente
Inundando de lembranças
Conseguia sentir
Sentir aquilo tudo outra vez

Naquele momento senti-me criança novamente

Mas quando a brincadeira acabou
Senti o corpo pesado
E a voz ofegante
Estava voltando para o meu estado original
O mundo da fantasia estava desfragmentando
A realidade estava mais próxima
E tudo foi voltando

Minha amargura
Meus medos
Minha insegurança

Meu espírito estava preso novamente

A única coisa que restou
Foi um pequeno fragmento desse momento
Que exalava um bem estar ao ser olhado

Mas o simples fato que possuía tão ciência
Que posso reviver o meu espírito
Poder voar novamente
Preenchia o meu ser com uma esperança
Em continuar caminhando

Eu sei que mesmo nesse momento
Nessa etapa
Posso reviver aquela nostálgica sensação

Posso sentir-me criança novamente
Isso me alegra



Ermanno Noboru Medeiros

domingo, 7 de outubro de 2012

Hidden Face



Na agitada noite de São Paulo, em um beco escuro, se esconde uma figura coberta de sangue, usando uma máscara de teatro sorridente e em sua mão um cano ensanguentado, olhava para um corpo desfigurado enquanto falava: “Sujeira limpa!”.
O nome daquela soturna figura era Hidden Face, um serial killer especialista em assassinar foragidos da policia. Na verdade seu nome era Gilles Berden, um importante advogado famoso pela sua argumentação.
Gilles não aceita a atual constituição brasileira, alegando que ela defendia os infratores e não as vítimas, Gilles sofreu muito com tal fato quando presenciou a absolvição dos assassinos da sua irmã mais nova.
Gilles teve a sua irmã mais nova estuprada e morta por dois menores de idade, esse fato concebeu a Gilles o seu super poder: Um alto nível de psicose.
Deste então, a noite Gilles vaga pela rua matando infratores, fazendo a sua própria justiça. Pois Gilles era a personificação do desejo mais interno de todos brasileiros, poder matar aqueles que um dia fizeram mal.
Naquela noite Gilles havia feito mais uma vítima, assim prosseguia sua rotina noite adentro, riscando os nomes fichados dos infratores com seus sangues.
 Gilles não passava de um desejo personificado dos brasileiros injustiçados, seu nome agora era Hidden Face.



Ermanno Noboru Medeiros

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Imaginação Sem Limite



Não tenha medo
Das armas que os humanos construíram

Não tenha medo
Das corrupções criadas por eles

Não tenha medo
Das suas palavras

Não tenha medo
Dos seus atos

Tenha medo
Da sua imaginação

A imaginação humana não possui limite
E não possui bondade
Ela é perversa
E capaz de criar coisas assustadoras

Tudo que foi citado
Nesse pequeno poema
Foi gerado no interior da imaginação humana

A imaginação
É um poder sem limite
Que vicia e coroe todo o sistema

Tenha medo da imaginação
Um lugar
Onde não há limites




Ermanno Noboru Medeiros

O Poeta contra O Mundo



Eu não queria nada demais
Só queria um pouco de paz
Um lugar calmo para viver
Onde não haja guerra
Ou conflito

Estou fatigado
De tanta alienação
E pensamentos pequenos
Vendendo suas almas sujas
Por miseras moedas de latão

Eu só queria ver um lugar melhor
Não um campo de guerra
Só lutei pra fazer todos sorrirem
Só queria a bonança em nosso meio

Mas quem sou eu?
Sou apenas um pequeno poeta
Contra uma grande massa zumbificada

É difícil lutar em uma nação
Onde o povo depende dos noticiários
Para manter-se informado
Do mundo fora das suas pequenas mentes

Sou um pequeno marinheiro
Contra uma bruta e selvagem onda
Controlada por uma melodia viciante e doentia

Mas aguardem
Um novo vírus foi gerado
Um vírus que coroe o couro ocular
Que desatrofia o encéfalo

É uma questão de tempo
Para que seu reinado acabe
Uma questão tempo
Até que seu trono caia

Sou apenas um pequeno poeta
Que semeia as ideias
Ao longo do caminho tortuoso
Que vocês criaram
Em cima da alienação
De quem não tem informação

Não busco uma utopia
Nem muito menos uma fantasia
Mas procuro a justiça
Que sacie a sede dos miseráveis

Sou apenas um pequeno poeta
Que luta contra a onda
Que luta contra a mentira

No fundo eu só queria paz


Ermanno Noboru Medeiros