(Poesia criada em minha mente em um momento brincando com os
meus sobrinhos)
Todo tempo
O mesmo medo
A pressão é maior
Comparada a que tinha antes
Sem me preocupar
Com o que ainda há de vir
Era livre como um pássaro a rasgar esse imenso céu
Voando cada vez mais alto sem me preocupar com o chão
Mas o tempo foi passando
E meu corpo foi crescendo
Já não tinha mais a leveza
E minha consciência cada vez mais obesa
Tranquei-me o meu espírito alado
Dentro de uma agenda sobrecarregada
Mofando minha alegria em um canto escuro e abandonado
Deixando falecer minha inocência
Secando minhas lagrimas de esperança
O desespero invadiu meu consciente
O medo do não sei o que
Um instável futuro pela frente
Sem saber do que
Tenho medo
Muito medo
Mas medo do que?
Afinal, do que?
Amargurei o meu espírito
E o arrependimento é enorme
Mas o que eu estou vendo agora é o mundo real
Pois no fundo eu vivia em mergulhado em uma fantasia
Quando meus olhos céticos não conseguia mais ver a inocência
Ouvi uma voz baixinha e fina que me chama
Olhei pra ver o que era
Ali estava um pequeno ser que me encarava com um sorriso
Com seus pequenos olhos esperançosos questionavam a mina
amargura
E com um simples gesto, me chamou para brincar em um parque imaginário
E com um simples movimento suave começou a voar no meio de
seus sonhos
E minha mente regrada só questionava
Como pode ser tão livre e vivo?
Pobre pequenino, mal sabe que um dia tudo irá acabar!
Mas mesmo assim ele continuava a lutar com sua inocência
No começo foi estranho
Estava um pouco atrofiado
Sentia um pouco de vergonha dos pensamentos
Mas fui soltando-me aos poucos
Naquele breve momento senti livre
Não sentia mais as corretes que prendiam o meu espírito
O medo foi sumindo aos poucos
O vento colidindo com minha face
Podia sentir meu coração fantasiar novamente
Aquela sensação
Aquele sentimento
Aquele momento nostálgico
Tudo vinha em minha mente
Inundando de lembranças
Conseguia sentir
Sentir aquilo tudo outra vez
Naquele momento senti-me criança novamente
Mas quando a brincadeira acabou
Senti o corpo pesado
E a voz ofegante
Estava voltando para o meu estado original
O mundo da fantasia estava desfragmentando
A realidade estava mais próxima
E tudo foi voltando
Minha amargura
Meus medos
Minha insegurança
Meu espírito estava preso novamente
A única coisa que restou
Foi um pequeno fragmento desse momento
Que exalava um bem estar ao ser olhado
Mas o simples fato que possuía tão ciência
Que posso reviver o meu espírito
Poder voar novamente
Preenchia o meu ser com uma esperança
Em continuar caminhando
Eu sei que mesmo nesse momento
Nessa etapa
Posso reviver aquela nostálgica sensação
Posso sentir-me criança novamente
Isso me alegra
Ermanno Noboru Medeiros
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