sábado, 7 de fevereiro de 2015

Morrendo por dentro



Sonhos tratados como lixo
Objetivos sendo rasgados
E eles te dizendo
Que não mais o porque de lutar

Então você nota
Que está morrendo por dentro
Que seu coração está quebrando
Não há para onde correr
Não há lugar para esconder

Sua alma anseia para gritar
Sua mente só quer descansar
É difícil lidar com isso
Quando você está afundando no desespero

Cada palavra jogada em sua face
Uma flecha atira em seu espírito
Um empurrão recebido
Uma pá de terra jogada em cima

Sua visão escurecendo
Você não consegue ver a luz da manha
Você não vê mais a alegria
Porque suas lagrimas estão atrapalhando

Então você nota
Que está morrendo por dentro
Que seu coração está quebrando
Não há para onde correr
Não há lugar para esconder

Até quando você vai deixar o medo te controlar?
Até quando você vai deixar o desespero te guiar?
Você vai continuar sendo o centro da humilhação?
Até quando uma marionete?

Seu corpo começa a tremer de frio
Esse mundo é um lugar horrível
Você sente medo das sombras
O passado te perseguindo

Então você nota
Que está morrendo por dentro
Que seu coração está quebrando
Não há para onde correr
Não há para onde esconder

Até quando você vai olhar para o lado?
Até quando você vai ficar comparando?
Até quando você vai se importa?
Até quando você vai deixar ser levado?

O mundo não é tão horrível assim
O campo não está queimado
O rio não está seco
As flores não estão murchas

Se agarre no que sobrou de suas forças
Abra os olhos novamente
Faça valer a pena
Levante e continue andando

Permita que seu sonhos corra em suas veias
Permita que sua fé volte a vida
Permita que seu sorriso retorne
Permita que a alegria te contagie

Então você nota
Que está vivendo novamente
Que seu coração está queimando
Que há lugar para correr
Que há uma nova oportunidade
Para se viver!



Ermanno Noboru Medeiros    

No limite de mim



Minha intensa vida
Vivida na velocidade máxima
Sinto meu corpo reclamando
Sinto minha mente fraquejando

Os ponteiros do velocímetro voam pelo ar
Meu sangue fervendo levanta vapor vermelho
O curto-circuito entre minhas cordas neuronais
As explosões dos meus pistões

Os medidores caem drasticamente
A bateria já não possui mais carga
O tanque já está seco

Meus músculos inflamados
Falha nos pistões pneumáticos
A correia dentada se rompem
Não há mais resposta do motor principal

Vida vivida intensamente
Mente trabalhando extremamente
O desejo ardente em meio peito
Superar todos os limites
Superar todo meu medo

A batalha só está começando
Segurando minha espada
Eu luto intensamente
Levo meu corpo até o limite
Até no limite de mim

Mas nem tudo é pra sempre
Nem tudo é infinito

Minhas desgastadas engrenagem perdem o atrito
Minhas molas estão estourando
Minha mente já está falhando

Será esse o fim?

Não deixe essa chama se apagar
Não deixe esse desejo morrer
Não deixe esse sonho se tornar um pesadelo

Um minuto no chão
Que durou um ano de descanso

Sinto os impulsos acelerados pelo meu corpo
Sinto meu sangue correndo pela carne

Queime novamente em meu peito
Carbonize meus medos
Carbonize minhas fraquezas

Os níveis começam a subir
O motor começa a reagir
E aquele frágil corpo se levanta

Agora não é tempo para desistir
Com toda força descarrego
Libere toda energia

E mais uma vez estou em batalha

E mais uma vez
Eu supero o meu limite!




Ermanno Noboru Medeiros