sábado, 7 de fevereiro de 2015

No limite de mim



Minha intensa vida
Vivida na velocidade máxima
Sinto meu corpo reclamando
Sinto minha mente fraquejando

Os ponteiros do velocímetro voam pelo ar
Meu sangue fervendo levanta vapor vermelho
O curto-circuito entre minhas cordas neuronais
As explosões dos meus pistões

Os medidores caem drasticamente
A bateria já não possui mais carga
O tanque já está seco

Meus músculos inflamados
Falha nos pistões pneumáticos
A correia dentada se rompem
Não há mais resposta do motor principal

Vida vivida intensamente
Mente trabalhando extremamente
O desejo ardente em meio peito
Superar todos os limites
Superar todo meu medo

A batalha só está começando
Segurando minha espada
Eu luto intensamente
Levo meu corpo até o limite
Até no limite de mim

Mas nem tudo é pra sempre
Nem tudo é infinito

Minhas desgastadas engrenagem perdem o atrito
Minhas molas estão estourando
Minha mente já está falhando

Será esse o fim?

Não deixe essa chama se apagar
Não deixe esse desejo morrer
Não deixe esse sonho se tornar um pesadelo

Um minuto no chão
Que durou um ano de descanso

Sinto os impulsos acelerados pelo meu corpo
Sinto meu sangue correndo pela carne

Queime novamente em meu peito
Carbonize meus medos
Carbonize minhas fraquezas

Os níveis começam a subir
O motor começa a reagir
E aquele frágil corpo se levanta

Agora não é tempo para desistir
Com toda força descarrego
Libere toda energia

E mais uma vez estou em batalha

E mais uma vez
Eu supero o meu limite!




Ermanno Noboru Medeiros

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