Uma terra ressequida
Sem vida e sem esperança
Apenas a brisa quente e abafada
Varre a fina poeira
Apenas no meio do nada
Um pequeno copo
Cheio de água
O copo espera a chuva
Em um horizonte limpo
Onde não há nuvens
O copo perde água
Evaporada
Pelo calor escaldante do sol
O copo anseia água
Onde há sede
Onda está seco
O copo então começa a transborda
O copo começa a derramar
Uma água sem fim
Do interior do copo
Começa a fluir
Começa a minar
Água sem parar
A água escorre pelo copo
Cai na terra seca
Caminha pela superfície
Por onde a água passa
A vida começa brotar
Novamente há vida e esperança
O vapor em excesso
Carrega o céu de nuvens
E novamente a chuva cai
A esperança renova
A alegria floresce
Por onde a água caminha
E o copo…
Continua a transbordar
Ermanno Noboru Medeiros