Fritaram minha massa encefálica
Em uma chapa de vidro
Suas chamas formavam estranhas figuras psicodélicas
A carne não era firme
Com alta temperatura
Dissolvia
E escorria para fora da caixa craniana
No espaço vazio em meu crânio
Ecoava palavras rotinadas
Que são as minhas únicas ordens
Meus únicos objetivos da vida
Novo prato no menu sociatico
Cérebro na chapa
Ermanno Noboru Medeiros
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