domingo, 8 de dezembro de 2013

Somos apenas crianças



Qual a diferença
Entre uma criança e um adulto?

Muitos dirão:
Varias!

Será que nos adultos
Somos tão diferentes assim?

Qual a diferença
Entre um relógio de um pulso e um de parede?

A resposta é relativa
Se olharmos exteriormente
As diferenças são gritantes
Mas se examinarmos internamente
As semelhanças são assustadoras

Se abrirmos os dois
Notaremos que são compostos com as mesmas engrenagens
E que funcionam da mesma maneira
Na mesma rotação e direção
Todas com o mesmo formado

Os adultos são apenas relógios enfeitados
Pelas garras da vida
Mas se apertos
Verás as mesmas engrenagens de uma criança

Sonhamos
Descobrindo o desconhecido
Planejamos
As aventuras do dia seguinte

Perdemos horas
Olhando para as estrelas
Em busca de uma resposta
Para tudo isso

Lembra-se daquele sentimento
Quando você explorou o jardim da sua casa?
Não seria o mesmo
Quando você explorou uma nova galáxia?

A alegria na descoberta
De um novo sabor de soverte
Iguala-se a alegria
De descobrir um novo remédio

A decepção em ver seu animalzinho falecer
E você não poder fazer nada
É parecido quando percebe
Que não pode salvar uma vida

As noites acordados
Com medo dos fantasmas
Parece muito com as noites mal dormidas
Perturbado com as contas atrasadas

Porque bem no fundo
Somos apenas crianças
Brincando de ser adulto

Tentando descobrir
O vasto universo
Que nós cercamos

Com nossos pequenos braços
Levantamos em direção ao céu
Com a esperança de um dia tocar as estrelas

Dormimos
E mergulhamos em futuro
Planejados para desvendar
Os mistérios dos mares

Com os nossos pequenos passos
Caminhamos em direção
A uma nova terra

Uma terra onde nossas fantasias infantis
Um dia se tornarão realidade
E todos os sonhos inocentes
Voaram livremente
E então
Poderemos dormir
Como criança cansada
Que brincou o dia inteiro



Ermanno Noboru Medeiros

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