O desconhecido é assustador
Não saber onde pisar é agoniante
Minha ansiosa mente tenta calcular
As várias rotas que devo seguir
O medo encobre meus olhos
Com uma fina penumbra opaca
Não saber para onde ir
Apenas tateando o trecho a ser percorrido
A perna paralisa
Não há movimento
Não há resposta
O medo percola meu olho e chega até meu coração
Uma fina chuva de incerteza
Faz brotar uma imensa pastagem de dúvidas
O medo que vêm de forma nublosa
O medo de não ser alguém
O medo de andar e cair
O medo do incerto
O medo de tudo dar errado
O medo de fazer errado
O medo
Apenas o medo
Como um forte e impetuoso vento
As nuvens são rasgadas ao meio
Sua mão traz um raio de luz
Quente e aconchegante
Suas mãos tiram as penumbras
Como um Pai tira as lamas do rosto do seu filho
Em meio aos raios do sol
Vejo Seu semblante com um terno sorriso
Sua voz ecoando por todo meu espírito
“Vai ficar tudo bem! Tenha fé!”
Sua voz espanta toda sombra de dúvida e medo
Sua voz me guia para onde devo ir
Sua voz ecoa no âmago do meu ser
Tenho coragem para enfrentar as tempestades
Tenho coragem para enfrentar o desconhecido
Posso não entender
Posso não ver
Mas a fé me faz enxergar
E sei muito bem
Seguindo a Sua voz
No final vai ficar tudo bem
Ermanno Noboru Medeiros
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