sexta-feira, 1 de julho de 2011

Bem vindo ao Século XXII

Como areia
Que escorre
Nos meus dedos

O tempo
Acaba
E some

Onde era quarta
Hoje já é segunda

O tempo voa
Sobre nossas cabeças
Deixando um rastro
De dor

Hoje
Os anos são meses
Os meses são semanas
As semanas são dias
Os dias são horas
As horas são minutos
E os minutos são segundos

Nessa sociedade
O cronometro dispara
Para uma corrida
De dor
E sofrimento

Saímos
Do ventre
De nossas mães
Com data programada

Sinto saudade
Do tempo
Em que as horas
Eram dias

E os dias
Eram compridos
Ao seu lado

Esse é o século
Em que vivo
Esse é o nosso século
Em que moramos

Seja bem vindo
Ao sonhado
E frenético
Século XXII







Ermanno Noboru Medeiros

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