Uma vez,
andando, encontrei algo muito estranho. Vi um homem sentado com um pequeno
planeta que traslava ao redor da sua cabeça. Achei estranho aquilo e aproximei
para perguntar o que era aquilo.
Descobri que
seu nome era Magnus Sui, e que aquele pequeno planeta era seu mundinho, um
mundinho que ele havia criado quando criança, pois tinha medo do mundo real.
Descobri também que Sui era um homem solitário, pois sempre esteve preso no seu
mundinho e nunca se preocupou em interagir com outras pessoas.
Sui estava
preso em seu mundinho que translava sem parar. Sui não sabia muita coisa sobre
a realidade, ele tinha medo do que era real.
Tentei
interagir com ele:
- Olha Sui!
Que bonito aquele monte!
- Não posso
ver! – Falou Sui.
- Por quê? –
Perguntei.
- Porque o meu
mundinho está na frente. – Respondeu.
- Olha Sui!
Que bonito aquela flor!
- Não posso
ver! – Falou Sui.
- Por quê? –
Perguntei.
- Porque o meu
mundinho está na frente. – Respondeu.
- Olha Sui! Aquela
menina é bela!
- Não posso
ver! – Falou Sui.
- Por quê? –
Perguntei.
- Porque o meu
mundinho está na frente. – Respondeu.
- Olha Sui!
Que vista bela!
- Não posso
ver! – Falou Sui.
- Por quê? –
Perguntei.
- Porque o meu
mundinho está na frente – Respondeu.
Sui não tirava
os olhos do seu mundinho. Foi quando ele falou:
- Veja! O meu
mundinho é tão belo! O meu mundinho é tão perfeito! O meu mundinho é tudo!
- Mas Sui... O
seu mundinho não é real. – Falei.
- Mas é esse o
objetivo! Pois sou tudo o que quero no meu mundinho! – Respondeu Sui.
Com essa conversa
alienada e a difícil comunicação, decide ir embora. Virei à costa, sai andando
até um ponto, quando decidir dar a ultima olhada em Sui.
Virei e vi Sui
com o seu pequeno planeta translando ao redor da sua cabeça.
Ermanno
Noboru Medeiros
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