Uma bolha de sabão quando nasce
Ela logo começa a morrer
Ela só mantém viva quando está conectada com sua mãe
Pois quando ela se desprende ela entra em um processo de
afinamento
Onde sua parede torna-se mais instável com o tempo
A bolha não morre quando estoura
Ela começa a morrer quando desconecta da sua mãe
Um processo lento de deterioração
Perdendo sua constituição
Estourando em uma chuva de água e sabão
Uma bolha pode englobar alguns materiais
Envolvendo e trazendo para o seu interior
Mas isso causa uma expansão no seu interior
Provocando uma afinação em sua parede
Diminuindo seu período de vida
A bolha tem um numero limitado de coisas pra carregar
Mas mesmo sabendo do seu fim trágico
A bolha não se excita e voa livremente pelo céu
Tentando com uma grande fé chegar o mais longe
Mesmo sabendo que desconectando de sua mãe ela começa a
morrer
Ela se lança a explorar sem medo de estourar
Voando o mais longe
Assim é o humano
Não morremos quando paramos de funcionar
Começamos a morrer quando chegamos a esse mundo
Entramos em um processo de deterioração
Podendo englobar aquilo que encontramos
Mas se sobrecarregarmos o nosso sistema
Aceleramos o nosso processo de afinamento
Mesmo sabendo desse processo
Apenas voo livremente
Tentando chegar o mais longe
Sem medo de estourar
Ermanno Noboru Medeiros
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