Você reclama da paz que vive
Você menospreza o belo berço em que nasceu
Gritamos que tudo é tão aborrecedor
Sempre caçamos um conflito ou uma briga
Tentamos ocupar nossas vazias mentes com intrigas
Mas você não sabe o que é perder noites de sono
Imaginando que amanha não haverá um futuro
Que suas doces crianças não irão colher flores
Cujas noites serão embaladas ao grito de dor profunda
Você sabe o que é carregar o peso do mundo em suas costas?
Saber que milhões de vidas estão em jogo?
O que faria?
Mesmo sabendo que você não tem culpa
Você daria a sua vida?
Você perdoaria aqueles que roubaram a sua paz?
Você sacrificaria sua vida por um futuro incerto?
O que você faria diante disso tudo?
Você plantaria flores mesmo sabendo que você não vai ver?
Você plantaria mesmo sabendo que você não irá saborear?
Você pintaria o céu azul mesmo sabendo que só os seus netos
vão ver?
O que você escolheria?
Abandonar seu doce confortável sofá e lutaria por mais um
dia?
Ou simplesmente deixaria tudo se consumir?
Todos procuramos medalhas e troféus diante as mãos dos
homens
Queremos grande quadros pendurados em luxuosas paredes
Visualizamos grandes e imponentes estatuas em nossos túmulos
Sonhamos com os nossos nomes estampados em livros e
discursos
Como você suportaria uma vida de anonimato?
Você iria mesmo sabendo que todos irão te esquecer?
Você iria mesmo sabendo que seu nome será apagado?
Você iria mesmo sabendo que as futuras gerações não irá dar
valor?
Você iria mesmo sabendo que haverá pessoas reclamando como
você?
O que você faria?
Por que reclamamos tanto?
Por que nada está bom?
O que está errado em nos?
Por que simplesmente esquecemos o quão difícil foi?
Por que simplesmente deixamos tudo morrer?
Por que deixamos o vento levar as nossas razões?
Muitas perguntam ficam
Nas lagrimas daqueles que não entendem
Olhamos para o passado
E continuamos cometendo os mesmos erros no futuro
Sempre andando em um eterno circulo vicioso
Você plantaria flores para embelezar o caminho dos seus
netos?
Somos tão egoísta
Temos medo de perder todos os nossos prazeres fúteis
Temos medo dos nossos desejos
Vivemos sobre as sobras dos nossos medos
Será que um dia iremos entender o verdadeiro sentindo?
Será que um dia iremos entender o verdadeiro amor?
Será que um dia iremos viver esse verdadeiro amor?
Mesmo sabendo da solidão
Mesmo sabendo do desprezo
Mesmo sabendo que não haverá recompensa
O sacrifício vale a pena
Pois nem tudo está perdido
Há esperança como um pequena flor que nasce nas fissuras do
asfalto
Heróis fazem o que deve ser feito
Independentes das conseqüências
Uma breve homenagem aos heróis esquecidos pelo tempo
Ermanno Noboru Medeiros
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