terça-feira, 18 de junho de 2013

O dia que o gigante despertou



Em uma terra velha e sem lei
Uma enorme maquina andava
Procurando uma vitima para alimentar seu motor
Em sua cabeça
Um pequeno ser insignificante, mas de grande arrogância
Controlava toda aquela maquina
Esse ser sempre gritava:
“Sou o rei dessa e não há nada que vocês possam fazer”

No começo eram poucos
Mas com o tempo o número aumentou
A esperança ainda respirava dentro de seus corações
E em uma só voz
Aquele povo clamou por liberdade
De mãos dadas
Eles marcharam para guerra
Com um único propósito
Com um único sonho
O sonho da liberdade

Então aquela maquina respondeu de maneira selvagem
Levantou seus braços e desferiu vários golpes
Matou alguns e feriu outros
Mesmo roucos
Aquele povo não cessava suas orações
Sempre gritando:
“Amor e liberdade”

Então a terra
E um velho inimigo daquela maquina levantou
Um gigante preso por correntes
Aquele enorme ser despertou em fúria
Sua força era descomunal
As correntes em seus braços quebraram como cordas frágeis
E o pano que estava em sua boca rasgou como papel
Seu grito fez a terra tremer
E logo o medo apossou da velha maquina

Aquele gigante correu em sua direção
Desferiu o primeiro golpe
Destruindo todas as engrenagens
A maquina começou a dar sinais de falência
E vários golpes foram dados
E a maquina se tornou um monte de ferro retorcido
O ser que controlava a maquina
Só conseguia expressar o medo
E não conseguia encontrar resposta
Para como seu velho inimigo conseguiu retornar

Então aquele gigante foi embora
E por onde ele passava
Derruba os muros da opressão e da exclusão

O povo gritou
Comemorou
A grande vitoria
Em cima daquela velha maquina corrupta





Ermanno Noboru Medeiros

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