O medo surge do desconhecido
Daquilo que não pode ser visto
O que está encoberto nas trevas
O que se esconde nas sombras
No meio da noite
Quando o sol não está mais
O gélido vento assopra
As trevas encobre a vista
O medo se apossa
Como uma onda que engole um bote
Desespero apenas em todos lados
Pesada estão minhas pernas
A passada é dificultosa
O que os olhos não enxergam
A imaginação projeta
E cada vez mais paralisado estou
O incerto
O duvidoso
O que se esconde
Como um pai segura a mão do filho
Meu Pai Celestial segura minha mão
Sua Voz acalma meu coração
E apenas diz:
“Vamos!”
Ele não diz Vá
Ele diz Vamos
Os dois juntos
Tua luz afasta as trevas
Como um rugido de um leão
Que espanta as ameças e protege suas crias
O medo se vai como neblina varrida pelo vento
Minhas pernas anseiam por correr
Meu Pai Celestial me faz voar
Pois Seu amor me enche de fé
E o medo que gritava
Agora é inaudível
Na hora mais escura da noite
Se tornou mais claro que o dia
Pois ando de mãos dadas
E caminho ao lado
Do Meu Pai Celestial
Ermanno Noboru Medeiros
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