A pergunta que faço
Quando foi a última vez que você se sentiu vivo?
A pergunta parece estranha
Mas é isso o que eu quero dizer
Mas vou reformular a pergunta
Deste que você nasceu
Quantas vezes você se sentiu vivo?
Quantas vezes você se sentiu humano?
Em uma sociedade que funciona a base de impulso
E na base da rotina corriqueira
Agimos mecanicamente
Sem questionar algumas coisas que nos rodeiam
Até nossas opiniões são artificiais
Que chego a estranhar
Parecendo que essa frase foi um cara da T.V. que falou
Agimos como marionetes
Puxadas por cordas das tendências
Vivendo sobre leis humanas falhas
Os nossos desejos estão em função da moda
Nossos sonhos estão ligados à opinião publica
Crescemos com uma ideia
Uma ideia artificial
Tratados como uma maquina programa
A gerar uma grande renda
Que gire a economia de nossa nação
Somos tratados como parafusos
Sistematizados e colocado em ordem
E em um determinado momento de nossas falsas vidas
Passamos por um teste de qualidade
Se falharmos
Somos descartados
É muito importante
Se sentir vivo
Pois quando agimos como maquinas
Tratamos os problemas sociais
Como um arquivo não encontrado
Ignorando a dor humana
Com o mesmo semblante frio
Passando reto
Sem ter nenhuma reação
Ao pedido de ajuda
Pois não sabemos como agir
Pois aprendemos a agir como uma maquina
Pois, visto que:
Maquinas entende de maquinas,
E humanos entende de humanos
Quando uma maquina tenta entender um humano
Ou quando um humano tenta entender uma maquina
Forma-se um universo bizarro em suas mentes
Algo incompreensível
Por isso é importante sentir-se vivo
Pois só assim vamos conseguir entender uns aos outro
E assim saberemos como agir
E essa será a cura da doença sociatica
Por isso vou perguntar de novo
Quando foi a última vez que você se sentiu vivo?
Ermanno Noboru Medeiros
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