Perdia a conta
Das vezes que eu prometi a mim mesmo
Que não retornaria nesse ponto
Cá estou eu novamente
Gritando contra o espelho
Prometi várias vezes
E cá estou eu novamente
Prostrado contra o chão
Com as mãos sujas de sangue
Do crime que prometi parar
Me contorço e retorço
O discurso sai tão belo
Porém minhas vis atitudes me condenam
Ainda vejo o mesmo monstro
Dentro de mim
Andei por toda terra
Como um andarilho
Tentando encontrar algo
Que me tornasse digno
Quanto mais eu pensava
Mais eu me via
Como alguém indigno
Desse perfeito Amor
Desesperadamente tento arrancar
Todos os meus espinhos
Não quero machucar ninguém
Não quero ferir os que me rodeiam
Mas os espinhos insistem em crescer
Em um mundo cheio de megafones
Somos inundados com belos discurso
Porém esse mundo é maculado
Com horrendas atitudes
Belas e ornadas mascaras
Escondem os piores monstros
O doce e agradável perfume
Tenta acobertar o pútrido cheiro
No fundo eu não posso de um paradoxo ambulante
Relutante contra sua própria natureza animalesca
A diária luta contra o inconsciente eu
Levanto meus olhos inundados em lagrimas aos céus
Brando o grito mais profundo da minha alma
Peço a Ti, meu Senhor eterno que mora no reino celestial
Cale a voz do meu monstro interno
Arranque o me separa de Ti
Sei que por vezes, não fiz por merecer
O Teu infinito e perfeito amor
Mas tudo o que Te peço
Não aparte Teu Espirito de mim
Mesmo tento ciência que sou indigno
Te peço para morar em Teu reino
Mesmo que seja para estar repousado eternamente em Teus pés
Ainda assim o Teu reino é onde quero estar
Pai Eterno e Celestial
Perdoa teu filho por ser um paradoxo
Faça o meu agir ser tão bom quanto as palavras
Ermanno Noboru Medeiros
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