domingo, 15 de novembro de 2020

Tempo ao Tempo

 Irmãos, qual o motivo de vossa tristeza?

Irmãos, por que andam abatidos?

O que tem agitado seus corações?

Por qual motivo tomaram para si toda a ansiedade?

 

Irmãos, vivemos constantemente

Mergulhados em uma rotina tão agitada

Porém não podemos esquecer

O precioso valor da paciência

 

Porventura há alguém que controle o fluxo do tempo?

Há alguém que por sua própria força foi capaz de mover os ponteiros do relógio?

Entre vocês, há alguém que em um estalar de dedo, foi capaz de virar o dia?

 

Irmãos, contemple as arvores que povoam o horizonte

Por acaso algum de vocês sabem o dia exato da semeadura?

Suponho em meu interior que há árvores mais antiga que nossos antepassados

Mas elas estão no horizonte

Frutificando e multiplicando

 

Irmãos, reflitam entre vocês

Há alguma semente plantada ontem que hoje já produz fruto?

Há alguém entre vocês capaz de realizar tal feito?

 

Irmãos, ainda que seja uma árdua tarefa

Gravem isso no coração de vocês

Não há motivos para o desespero

E muito menos para a ansiedade

 

A árvore em seu devido tempo

Florescera

E na morte de suas flores

Os frutos hão de vir

Acalmem seus corações e esperem pelo tempo certo

 

O galho quebrado pelo vento não representa a morte definitiva

No tempo certo

Haverá de nascer dois ou mais galhos

Que irão frutificar no tempo certo

 

Irmãos, pelo desespero de vocês

Amargam suas bocas e enojam seus estômagos

Com frutos imaturos e pouco desenvolvidos

Porém, alerto todos vocês

O paciente irá adoçar sua boca e saciar sua fome

Com frutos doces e suculentos

Em seu devido tempo

 

Não há nada mais saboroso nessa vida

Que a fruta amadurecida em seu devido tempo

Não há nada mais agradável nesse mundo

Que os acontecimentos no seu devido momento

 

Ainda que a ansiedade grite em suas mentes

Ainda que seja difícil acreditar

Perseverem na paciência

Tudo há de mudar

Tudo há de acontecer

Tudo há de amadurecer

 

Irmãos, diante tantos argumentos

Questiono novamente

Irmãos, por que estão ansiosos com o que há de vir?

 

 

 

 

Ermanno Noboru Medeiros

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