terça-feira, 22 de maio de 2012

R.I.P. Hope


Quando se é criança
Acredita que pode voar até a lua
Quando se cresce
Não consegue nem acreditar que pode pular

Matamos aquilo que é mais precioso
E em seu velório
Olhamos com olhar cínico
Julgando aquilo como inútil
Ou falando o quando aquilo era fútil

O que nos faz superior?
O fato da razão?
O intelecto super desenvolvido?

Cortamos as nossas próprias asas
Jogamos fora
E cuspimos em cima dela

Por que isso?
Alguém me explica
Porque somos assassinos de sangue frio

Aquilo que era mais precioso
Aquilo que era mais belo
Foi trocado por estatísticas
Enterrados por nossas teorias

Alguém por favor
Me fale
Onde está nossa esperança

A única coisa que restou
E todos assassinaram
Falando que aquilo impedia a evolução

É tão triste
Ver que as crianças de hoje
Irão crescer com essa ideia
E no futuro se tornaram adultos frios

Enterramos o nosso dom mais lindo
E deixamos os vermes corroerem
Se tornando uma poça de angustia
Uma massa de medo

Matamos a nossa esperança
Em nome da ciência
Deixando um imenso buraco
No peito de cada um de nós

Descanse em paz esperança
Pois essa raça
Se tornou hipócrita
Ao ponto de você não ser mais digna
De estar em nosso meio

Perdoe-me esperança
Se todos excluíram você
Mas tentarei fazer
Você sobreviver

Esperança, não se vá!
Não sei o que pode acontecer
Se você realmente morrer
Não sei o que ira acontecer
Não sei





Ermanno Noboru Medeiros

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